Quero flechas que ficam...


Não gosto de café, de açaí. Não curto estampas de flores. Mas não gosto mesmo de solidão.
Não gosto do pós-ilusão... talvez porque entre o ter que esquecer e o querer esquecer vivem duas lágrimas.
Eu não gosto daqueles sapatos exuberantes que me façam calos. Aliás não gosto desse tanto de calos das flechas erradas do senhor cupido. Tá mirando bem, mas a flecha devia ser maior, mais profunda, que entre e ultrapasse os dois corações. Quero flechas que fiquem. 
Não gosto de distâncias quilométricas, não gosto das reticências quando eu mesma não posso completar.

BRITO, Emilly

Nenhum comentário:

Postar um comentário